jane eyre

Vocês que me lêem sabem que não gosto nada de livros históricos. Não tenho paciência para as descrições todas da roupa, e das épocas, e das conversas, e dos hábitos… Já na escola sempre detestei a disciplina de História, mas eu quero lá saber o que o rei xpto fez pelo pinhal de Leiria?! Mesmo livros policiais/thrillers, se leio a sinopse e começa a falar do séc. XIX ou afins, já nem leio o resto. Chamem-lhe o que quiserem, deve ser um trauma de infância :)
Mas já não sou nada assim no que diz respeito a séries e filmes. Aí, venha o que vier, “papo” tudo, desde que seja bom, claro.

Aqui há uns tempos tinha visto por recomendação da A. o North & South (e babado bastante com o Richard Armitage, ai coisinha tão booooooooooooooa ;)), e agora tinha em casa já há algum tempo, também da A., o Jane Eyre, em mais uma adaptação da BBC. Nunca li o livro e sabia só as linhas muito gerais da história. Esta semana aproveitando o estar sozinha lá peguei na série e não fosse o cansaço derivado da ginástica e o sono e teria sido tudo de seguida. Como não li o livro, não posso fazer comparações e dizer se a adaptação está boa ou não, pelo que já li a Jane deveria ser mais desinteressante e o Rochester bem mais feio (para mim ele estava bem (bom) assim! :oP), e o “clima” geral do livro é mais pesado. Eu gostei muito, tal como está. As conversas entre os dois, a força da Jane, as paisagens de Thornfield, o mistério que está por detrás de tudo.
E fiquei felicíssima com o final!! Estava convencidíssima (e é muito comum em romances de época) que tudo iria acabar mal, que eles nunca poderiam ficar juntos pela diferença de idades, de status, pelo estado matrimonial de Rochester (bolas, não era de fugirem os 2 e pronto!? Ah e tal, naquela época não podia ser! Raios! ;)). E achava que tinha lido algures que eles não ficavam juntos. Fui então folhear o livro The Eyre Affair do Jasper Fforde que li há uns anos e que se passa “dentro” do livro original da Charlotte Bronte e descobri que fui enganada! Neste livro a história de Jane Eyre é re-escrita, e eu pensei, dado que não a conhecia, que a nova versão era falsa e que tinha sido criada para dar o final feliz que toda a gente gostaria. Foi giro passar os olhos pelo livro e ver coisas que agora entendo já conhecendo a história real, e admito que foi bom estar à espera de ficar deprimida no final da série e afinal acabei foi a chorar baba e ranho do final (quase) perfeito!!

Baba “sozinha”, também houve muita, e não são precisas palavras ;o) Ai Tobyzinho! É ver a foto abaixo, ó fachavor: