ano novo, vida nova

É o que se costuma dizer, provavelmente na esperança de que assim seja nas coisas que não nos correm bem ou que não são como desejamos, embora a maioria das vezes não passe de planos, desejos, desabafos. Desta vez, para mim, é mesmo.

Ao fim de bastante tempo a queixar-me, totalmente insatisfeita pessoal e profissionalmente com o meu trabalho e, principalmente, a empresa, vai chegar ao fim o “infortúnio”. Vou mudar de emprego.

Apesar de andar a pesquisar o mercado e a responder a anúncios há algum tempo, esta oportunidade acabou por surgir por acaso, e quando me foi apresentada a proposta resolvi aceitar. Não é tudo o que eu queria. Eu gostava de voltar à área que estudei e onde já trabalhei, mas sei que é muito complicado, há + de 7 anos que não pratico, tenho portanto muita falta de experiência, e se me aceitassem em algum sítio como se fosse junior acabada de sair da universidade seria com um salário em que, temos de ser realistas, seria muito complicado suportar as despesas que temos hoje em dia. Assim, e como tenho muito boas referências da empresa para onde vou – métodos de trabalho, ambiente, atitudes – acabei por optar por continuar a trabalhar na área onde estou actualmente mas com funções diferentes, que era o que mais me desagradava no meu trabalho actual, vai deixar de haver incerteza (tanta, pelo menos :o). E assim não perco a experiência que acumulei ao longo destes anos.

Ainda não tenho data concreta de saída, mas algures em Fevereiro começarei uma “vida nova”. Estou ansiosa, nervosíssima claro, de repente todo um mundo novo, pessoas novas, e eu que não gosto nada de mudanças... Por mais que criticasse o meu trabalho actual, também estava muito acomodada e habituada a tudo, inclusivé (principalmente!!) a quando tinha imenso tempo livre para passar o dia na net :p

Além do trabalho em si, houve muitas alterações, muitas atitudes tomadas pelas pessoas da empresa principalmente no último ano que me desmotivaram completamente e que me fizeram sentir (assim como os restantes colegas do mesmo “nível”) que era apenas um objecto para eles, que me fizeram sentir repulsa pelas faltas de respeito, consideração por tudo e todos. Por apenas o dinheiro – principalmente o deles – importar. E estou muito cansada que peguem em mim e na minha vida e disponham dela como e quando muito bem entendem. Mas é triste... é triste que ao fim de + de 7 anos a trabalhar num sítio, se contem pelos dedos de uma mão as pessoas de quem realmente se vai sentir falta. Há varias com que me dou bem, com quem troco mais piadas ou conversas mais ou menos sérias, que me ajudaram e/ou a quem ajudei, mas sentir realmente a falta, não são mais de 5. A maioria até agradeço nunca mais ouvir sequer falar. Poderei ser eu que sou demasiado sentimental, se calhar é assim em todo o lado, e eu ainda vivo num mundo em que imagino que toda a gente deve/vai gostar uns dos outros... Enfim.

Ano Novo. Vida Nova. Wish me luck.